fake

A garota voltou de férias com uma bolsa da Louis Vuitton original e todas as amigas falaram “UAU”. Daí chegou a rival da garota com a mesma bolsa e todas as amigas falaram: “Ah, a bolsa dela SÓ PODE ser fake.”
Deu para visualizar esse cenário “teen”? Eita draminha.

Eu cresci vendo isso, mas com passar do tempo vi que a idade vai mudando, mas os comportamentos infelizmente só recebem um “upgrade” e não desaparecem. Ficamos a procura de um “fake” por aí, para logo apontarmos o nosso dedo e ser a pessoa do “imenso discernimento”.

Não sou contra discernir o verdadeiro do falso, na verdade é um dos dons que mais aprecio que Deus nos dá. Porém vejo que vivemos querendo provar a todos que NÓS somos genuímos, que nós carregamos algo real, que nosso sistema de crenças é sólido e real.

Concordo em não sermos pessoas sem posicionamento, mas não é disso que estou falando. Estou falando dessa necessidade desigual de mostrar que somos “diferentes”, que somos “super especiais”, que temos algo “gigante” para mostrar ao mundo, que somos “os únicos verdadeiros que restaram neste universo”. Para falar bem a verdade, só de pensar nisso já fico exausta!

Eu creio sim que carregamos algo espetacular em nós, o Deus vivo em nós, mas Ele não pode agir dentro da nossa pequenez de mente.

Esquecemos que cedo ou tarde a verdade aparece, que aquilo que é verdadeiro dura mesmo, que o falso tem “perna curta” e nunca vai longe. Ao invés de estarmos sendo a “polícia” em busca de quem está usando o “fake” por aí, deveríamos buscar a Verdade e ver se ela está enraizada em nós.

O falso sempre existirá, a imitação sempre nos rodeará, mas ninguém compra nem vende o que carregamos dentro de nós. Até morrer veremos o trigo e o joio no mesmo lugar (Mateus 13), mas não é da nossa parte apontarmos os dedos, provarmos que somos diferentes, mas sim de sermos a diferença.

Que venhamos ser simples, verdadeiros e genuínos sabendo que andamos diante de Deus e não diante de mais ninguém.

-Z.L.